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Seu Maneca completa meio século de Marcílio Dias
Na última quinta-feira (5) uma das figuras mais conhecidas e carismáticas do mundo da bola do litoral norte catarinense, Manoel Theotônio Santana, completou meio século de Marcílio Dias. Trata-se do funcionário mais antigo do rubro-anil e que conhece como poucos as histórias dos boleiros que passaram pelo clube, além de dirigentes e torcedores.
Seu Maneca, como é carinhosamente chamado, fará 82 anos em março e iniciou a carreira atrelada ao futebol aos 17 anos de idade. Antes de chegar ao Marinheiro, foi funcionário da Sociedade Estivadores Esporte Clube. “Tudo começou em 1947, quando iniciei como massagista, onde fiquei até 1962. Este time era composto em sua grande maioria por estivadores do Porto de Itajaí”, relembrou.
Em seguida, Maneca foi convidado a trabalhar no Clube Náutico Marcílio Dias. A profissão dele sempre foi massagista, mas ganhou experiência atuando também como supervisor e superintendente de futebol do rubro-anil.
Apesar da idade e mesmo aposentado, não é incomum vê-lo fiscalizando, cuidando e arrumando as dependências do Estádio Dr. Hercílio Luz. E quando encontra algo fora do lugar, não tarda em chamar a atenção de jogadores e funcionários.
Seu Maneca é realmente um homem à moda antiga. Casado há 60 anos, pai de três filhos, ele ainda cultiva um sonho: ver o Marcílio ser campeão. “Poucas pessoas entendem que para que isto aconteça é necessário a união dos empresários com o poder público para que o clube consiga uma boa Receita, pois do contrário, inviabiliza dentro de campo”, ressalta.
Apaixonado pelo time, seu Maneca foi até então a única pessoa a ser homenageada por duas vezes pela Federação Catarinense de Futebol. Da atividade de massagista, muita coisa mudou. “Na minha época, a gente tratava torções com clara de ovo e breu e o Dr. Hercílio Luz não tinha nem alambrado”, recorda.
Para ele, todas as mudanças no futebol só fizeram bem à atividade, pois “hoje tem fisioterapeuta, produtos e equipamentos para melhorar o desempenho dos atletas e até para tratamentos que são mais ágeis na sua eficácia. No meu tempo, até cabecear uma bola era risco de tombar em campo, pois as danadas eram pesadas, feitas de couro e duras”, frisou.
Fonte: Assessoria de Imprensa