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Seu Maneca é a história viva do esporte em Itajaí
Uma vida dedicada ao futebol
Quem observa o zelo do seu Maneca para com a manutenção do Estádio Dr. Hercílio Luz, sua dedicação no trato com o campo e demais dependências do Gigantão das Avenidas pode até não saber, mas está olhando para alguém que é mais do que um simples funcionário.
Manoel Theotônio Santana é praticamente um dos poucos detentores dos mais verdadeiros relatos da história do futebol de Itajaí. Isto porque dos seus 81 anos, 65 foram dedicados ao esporte.
Tudo começou em 1947, quando iniciou como massagista da Sociedade Estivadores Esporte Clube, time onde atuou até 1962 e que era composto em sua maioria por funcionários da estiva.
Nesta época, morava no bairro Costa Cavalcanti e juntamente com alguns amigos ajudou a fundar a Associação de Moradores daquela comunidade, entidade que foi fundamental para agregar os residentes em torno de duas ações distintas: diminuir a violência e elevar a autoestima da população.
Também na década de 60 iniciou como massagista do Clube Náutico Marcílio Dias, clube onde permanece até os dias atuais, ainda que não na mesma função. E é como funcionário do Marinheiro que o seu Maneca irá completar, em janeiro, 50 anos de serviços prestados. “No Marcílio também fui supervisor e superintendente”, lembra.
Por ser uma pessoa bastante articulada, conhecedor das demandas do município e politicamente engajado, concorreu a vereador há aproximadamente 20 anos, alcançando a expressiva marca de 800 votos, mas que não lhe renderam uma cadeira na Câmara.
Seu Maneca é realmente um homem à moda antiga. Casado há 60 anos, pai de três filhos, ele ainda cultiva um sonho: ver o Marcílio ser campeão. “Poucas pessoas entendem que para que isto aconteça é necessário a união dos empresários com o poder público para que o clube consiga uma boa Receita, pois do contrário, inviabiliza dentro de campo”, ressalta.
Apaixonado pelo time, seu Maneca foi até então a única pessoa a ser homenageada por duas vezes pela Federação Catarinense de Futebol. Da atividade de massagista, muita coisa mudou. “Na minha época, a gente tratava torções com clara de ovo e breu e o Dr. Hercílio Luz não tinha nem alambrado”, recorda.
Para ele, todas as mudanças no futebol só fizeram bem à atividade, pois “hoje tem fisioterapeuta, produtos e equipamentos para melhorar o desempenho dos atletas e até para tratamentos que são mais ágeis na sua eficácia. No meu tempo, até cabecear uma bola era risco de tombar em campo, pois as danadas eram pesadas, feitas de couro e duras”, frisou.
Fonte: Assessoria de Imprensa